Fotos: Ascom F2J e ensaio fotográfico realizado pelos alunos Andreza Ferreira, Felipe Bandeira, Flávio Kakarotto, Luan Ângelo e Matheus Teixeira sob a coordenação do professor Haroldo Abrantes.
O debate sobre a indústria cultural relacionada às diversas formas de ativismos e interação com as novas tecnologias de comunicação conduziu a roda de conversa, realizada na última quinta, 12, na Faculdade 2 de Julho. A atividade marcou o lançamento do curso de Pós-graduação em Comunicação e Diversidades Culturais, que será ministrado na instituição.
O evento reuniu a fundadora e estilista do bloco afro Ilê Aiyê , Dete Lima; a jornalista e mestra em cultura e sociedade, Camilla França; e o doutor em antropologia e professor da Ufba, Jocélio Teles dos Santos. A mediação foi realizada pela professora da instituição, Cleidiana Ramos, que coordena o novo curso de pós-graduação.
Segundo a professora Cleidiana Ramos, a atividade promoveu uma análise sobre as transformações das dinâmicas culturais e o campo da comunicação. “As plataformas de comunicação social e de informação estão mudando e interagindo. O WhatsApp, por exemplo, hospeda várias linguagens, que inclusive são difundidas em massa”, analisa.
A também jornalista e produtora do Bloco Alvorada, Camilla França, apontou o debate como espaço para levantar questões significativas para os profissionais de comunicação. “É necessário discutir esses assuntos dentro da academia, como, por exemplo, a compreensão da produção em série e como a tecnologia pode influenciar os produtos culturais ”, pontua.
Dete Lima, estilista do Ilê Aiyê, se emocionou ao relatar sua história e realizações dentro do bloco afro. “Nós mudamos a estética negra, principalmente através das cores do Ilê Aiyê, que são vermelho (sangue dos antepassados), preto (a cor do povo), amarelo (riquezas, ouro) e branco (paz), dando vida às transformações que são vistas na presença do negro nas universidades, no empoderamento e no orgulho de ser negro”.
Jocélio Teles dos Santos, doutor em antropologia e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), indicou que a indústria cultural não é apenas um meio manipulador, mas um espaço de estratégias hierárquicas. “A reflexão sobre essa indústria permite a compreensão das ações e da existência do mercado, porque podemos considerá-la um campo de batalha”, afirma.
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