Fotos: Ascom F2J
A 14ª Conferência Jaime Wright de Promotores da Paz e dos Direitos Humanos, realizada pela Fundação Dois de Julho, instituição mantenedora do Colégio 2 de Julho e da Faculdade 2 de Julho, inclui a entrega do Prêmio Nacional Jaime Wright. A homenagem tem como objetivo reconhecer e valorizar trajetórias em defesa dos princípios democráticos básicos, ou seja, os que preservam a dignidade humana.
Na edição deste ano, o prêmio foi concedido ao sheik Ahmad Abdul Hameed, líder da comunidade islâmica na Bahia; ao cônego da Arquidiocese de Salvador, padre José Carlos Santos; à socióloga e vice – presidente do Conselho de Fomento e Colaboração (Confoco- Bahia), Eliana Rolemberg; ao reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles; ao fundador do Comitê Brasileiro pela Anistia e um dos coordenadores do projeto Brasil: Nunca Mais, Luiz Eduardo Greenhalg, e à jornalista, escritora e ativista social, Suzana Varjão.
Para o Sheik Ahmad Abdul Hameed participar da conferência e receber o prêmio foi uma experiência gratificante.
“Jaime Wrigth foi um grande combatente e sua luta pelos direitos humanos e vai ficar para sempre na história. Gostaria de parabenizar a Fundação Dois de Julho pela conferência, fazendo com que a sociedade lute pela dignidade e o respeito. Ganhar esse prêmio foi maravilhoso. Ele vai ficar registrado para mim e para e toda comunidade islâmica”- Sheik Ahmad Abdul Hameed, líder da Comunidade Islâmica da Bahia
Para a socióloga Eliana Bellini Rolemberg mais uma edição da conferência é reforço para a luta em defesa das liberdades básicas.
“A conferência para a juventude que não acompanhou o período de ditadura militar foi muito significativa. Quem melhor poderia realizar esse evento é a Fundação Dois de Julho, dando a oportunidade de conhecer essa realidade que existiu, analisando o mundo atual e o que foram as lutas anteriores. Essa 14ª Conferência Jaime Wright motiva o público a discutir sobre a importância de preservação da cidadania, democracia e do ativismo cidadão”. – Eliana Rolemberg, socióloga e vice-presidente do Confoco-Bahia.
Cônego da Arquidiocese de Salvador, o padre José Carlos Santos, destacou que a trajetória de Jaime Wright serve como uma boa reflexão para quem vive os dias atuais.
“ É resgatando esse legado e que podemos constituir uma sociedade mais justa e igualitária, onde o indivíduo é respeitado e valorizado, e os direitos humanos não soam como um adjetivo e sim uma realidade em que se vive. A conferencia traz esse pensamento e que devemos aprofundar ainda mais na sociedade”– Padre José Carlos Santos.
O reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, também foi homenageado. Ele relata o sentimento de felicidade por retornar à instituição onde estudou em 1975.
” É uma alegria imensa retornar ao espaço onde funciona o Colégio 2 de Julho, onde estudei, me tornei militante político e conhecedor das liberdades democráticas, principalmente no momento da Conferência, que é um evento que consolida a defesa dos direitos humanos”. Professor João Carlos Salles, reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Luiz Eduardo Greenhalgh , fundador do Comitê Brasileiro pela Anistia e um dos coordenadores do projeto Brasil: Nunca Mais, salientou a amizade que tinha como o reverendo Jaime Wright.
“Fui amigo de Jaime, realizando atividades em prol dos direitos humanos. Por isso estar no mesmo local onde presidi uma atividade do Movimento Nacional pela Anistia, depois de 39 anos, é uma satisfação dupla, pelo Jaime Wright e pela Fundação 2 de Julho”- Luiz Eduardo Greenhalg, fundador do Comitê Brasileiro pela Anista e um dos coordenadores do projeto Brasil: Nunca Mais.
Suzana Varjão, jornalista,escritora e ativista social, salienta a grandeza da Conferência Jaime Wright por ser um evento que reforça a proteção à vida.
“É extremamente importante demarcar campo e defender os direitos das pessoas e suas diferenças, mesmo que isso, por muitas vezes, não ocorra,mas é necessário afirmar que a vida é o bem mais precioso e os direitos humanos atuam como apoio para que as pessoas sejam protegidas”-Suzana Varjão, jornalista, escritora e ativista social.
Deixe um comentário