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Fundação 2 de Julho celebra 40 anos do II Congresso Nacional da Anistia

Estiveram presentes representantes do grupo Tortura Nunca Mais, representantes dos exilados políticos e deputados, além de diversas pessoas que vivenciaram a ditadura militar [...]

Fotos: Ascom/Fundação 2 de Julho

Entre muitos reencontros e saudosismo, os 40 anos do II Congresso Nacional da Anistia teve início na manhã da última quinta-feira, 21, no Auditório Baker, da Fundação 2 de Julho (Garcia), onde reuniu autoridades políticas, exilados e presos políticos da época da ditadura militar. O público foi recepcionado pelos cantores Claudia Garcia e Robherval Silva, que relembraram canções que eram consideradas subversivas, como “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.

A secretária geral do grupo Tortura Nunca Mais na Bahia, Ana Guedes atuou como mestre de cerimônia para compor a mesa e apresentar as autoridades presentes, como: Marcos Baruch Portela, diretor geral da Fundação 2 de Julho, Joviniano Neto, presidente do II Congresso em 1979 e atual Presidente do grupo Tortura Nunca Mais, além do reverendo Celso Dourado, diretor do Colégio 2 de Julho em 1979.  

Também estiveram presentes a representante dos familiares dos mortos e desaparecidos políticos, Diva Santana, o reitor da Universidade Federal da Bahia, Carlos Sales, a representante dos exilados políticos, Eliana Rollemberg, o Pastor Djalma Torres, os deputados Maria Del Carmem, Nelson Pelegrino e Hilton Coelho, entre outros.  

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Primeira parte do evento aconteceu no auditório Baker da Fundação 2 de Julho

Para o diretor geral da Fundação 2 de Julho, Marcos Baruch Portela, o papel do C2J foi de suma importância ao abrir às portas para a discussão sobre anistia. “ O C2J teve oportunidade que outros lugares não tiveram, que foi permitir um debate icônico para o processo de redemocratização no pais. A nossa missão é de respeitar o direito da condição humana e o compromisso com a democracia, sempre”.

Professor Paulo Mascarenhas, coordenador do curso de Direito da Faculdade 2 de Julho (F2J) ao lado do diretor geral da Fundação 2 de Julho, Marcos Baruch Portela

Com histórias da época da ditadura militar Joviniano Neto, abriu o painel de discussões lembrando da importância de voltar às discussões sobre democracia. “Esta luta continua e, agora, contra ataques onde tentam rescrever a história tentando negar a existência da ditadura”, explicou.

O C2J contra a ditadura

A direção de 1979 do Colégio 2 de Julho (C2J) foi destacada por seu ato de coragem em sediar um evento para defender a ação da lei de anistia, em um momento delicado para a democracia brasileira. A gestão atual também foi elogiada pela inciativa em resgatar esta responsabilidade devido a retrocessos vividos no país.

O diretor do C2J, Carlos Amaral também esteve presente, ao lado do reverendo Celso Dourado, do ex-aluno do colégio e aluno da F2J, Fábio Ribeiro, e dos alunos Marina Pedreira e Rafael Pedreira

“O 2 de julho sempre teve característica de uma escola progressista e formou uma geração de jovens e lideranças.  Com formação não de manipular, mas de informar para que os jovens tenham suas convicções. É importante fazer este balanço para que nunca mais o Brasil viva uma ditadura militar”, disse o deputado Nelson Pelegrino.

Confira mais fotos do evento:

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