O auditório Capela da Fundação 2 de Julho, mantenedora do Colégio 2 de Julho (C2J) e Faculdade 2 de Julho (F2J), foi palco do evento Dialogando raça, gênero e classe na mídia, promovido pela turma do curso de Jornalismo, do turno matutino, da disciplina Estudos da Realidade Brasileira, ministrada pela professora e doutora, Helen Campos. O evento que aconteceu na última segunda-feira, 2, contou com a participação dos jornalistas Cleidiana Ramos, Everton Santana e Alana Rocha.
Para Helen Campos, o momento é o encerramento do ciclo que discutiu a estruturação da sociedade brasileira. “Revisitamos, em sala de aula, o contexto de formação da ideia de nação Brasil e como a Constituição atual está sob resquícios de acontecimentos históricos relacionados à escravidão”, disse.
Em sua fala, o doutorando em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Everton Santana, destacou, suas experiências pessoais e profissionais diante as questões de gênero, raciais, sociais e noções de família. “É necessário questionar a noção de família, pois para negros e população LGBTQIA+ que, muitas vezes, sofrem violências dentro de seus lares, a formação familiar passa a ser composta por outros laços, como o de amizade”, explica.
A jornalista e doutora em Antropologia, Cleidiana Ramos, discutiu a estrutura da sociedade e mídias brasileiras, feminismo, escravidão e seus reflexos na contemporaneidade. “O padrão de TV silencia as diversidades culturais que existem no Brasil e, enquanto o país não se olhar no espelho, não haverá reconciliação”, afirma.
Alana Rocha, mulher trans e jornalista, sinalizou em seu discurso as vivências na mídia e o comportamento social diante a sua sexualidade. “Quando nos reconhecemos dentro das questões de classe, raça e gênero, seja fazendo parte ou não dos grupos minoritários, fomentamos a nossa identidade e o respeito social”, explica.
Público
Marcos Santos, doutorando na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse ficar impressionado com a diversidade dos palestrantes e a profundidade do debate. “Me fez sair daqui bastante provocado à saber mais”, disse.
O jornalista Raulino Junior, ressaltou a atividade como um momento de formação. “Discutir gênero, raça e classe é discutir o Brasil e fazer com que eu olhe para mim e para a sociedade tentando intervir nos espaços onde estou para que outras pessoas sejam tocadas”, afirmou.
Veja mais fotos do evento abaixo:
Deixe um comentário