A Faculdade 2 de Julho (F2J) deu voz e vez às mulheres baianas, na última segunda-feira, 3, com o evento O presente é Feminino, organizado pela coordenação dos cursos de Comunicação Social. Pensado para o corpo docente, discente e comunidade externa, a atividade contou com as presenças da produtora cultural Carla Galrão, a assessora parlamentar e educadora social Paulett Furacão e a Major da Polícia Militar (PMBA) Denice Santiago.
Também estiveram presentes o diretor geral da Fundação 2 de julho, Marcos Baruch Portela e a professora Graça Maia, diretora acadêmica, que se juntaram ao público para ouvir as convidadas.
A F2J iniciou o semestre promovendo um debate com um dos temais mais falados da atualidade: o feminino. O debate foi mediado pela professora e mestra em Estudos Étnicos e Africanos pelo Centro de Estudos Afro Orientais da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Valéria Lima.
Espaços de destaque
O evento apresentou as diversas atuações profissionais das mulheres no mercado baiano, começando por Denice Santiago, que falou sobre suas experiências na corporação e sobre a criação do Centro Maria Felipa e da Ronda Maria da Penha: “Fiquei sabendo da existência da Patrulha Maria da Penha, no Rio Grande do Sul e fui conhecer. Voltei de lá disposta a implantar aqui, mas com uma pimentinha e uma dose de dendê”, pontuou a major da PMBA.
Em seguida, foi Carla Galrão, a instablogger que possui mais de 39 mil seguidores e milita contra a gordofobia, que falou sobre a necessidade de estudar sobre o assunto. “Sempre ouvi dizer que eu era estilosa, mas sempre tive dificuldade em achar numeração nas lojas. Então, comecei a garimpar peças e divulgar. Foi quando comecei a receber mensagens de mulheres que se identificavam comigo”, explicou a digital influencer.
A última a falar foi Paulett Furacão, primeira mulher transexual a ocupar um cargo público no estado da Bahia, que explicou que aos 33 anos se considera idosa, já que a expectativa de vida de transexuais e travestis é de 30 anos. Além disso, ela reforçou a importância de que mais pessoas trans tenham a oportunidade de ter um espaço profissional e social digno, assim como ela. “Eu não quero ser a única. Quero que outras, assim como eu, tenham oportunidades e possam usar seus nomes sociais sem problemas”, finalizou a ativista, que também é atriz e poetisa.
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