Fotos: Ascom Fundação Dois de Julho
A Fundação Dois de Julho realiza na próxima quarta-feira,7, a 14ª Conferência Jaime Wright de Promotores da Paz e dos Direitos Humanos, debatendo através de atividades, oficinas e palestras o tema 30 anos da Constituição Cidadã de 1988 – História, Memória e Futuro. Nesta entrevista, o diretor geral da Fundação, professor Marcos Baruch Portela, destaca os valores que a instituição cultiva e dissemina homenageando pessoas que trabalham na promoção da paz e dos direitos humanos, além de preservar a memória do reverendo Jaime Wright, que teve papel destacado na instituição, mantenedora do Colégio 2 de Julho, que acaba de completar 91 anos, e da Faculdade 2 de Julho. “A Conferência faz homenagem ao reverendo Jaime Wright, que foi um defensor desses direitos através do processo democrático, o que é perpetuado dentro da Fundação Dois de Julho. Temos como filosofia o respeito à pessoa e a defesa da democracia, proibindo qualquer forma de preconceito, defendendo a liberdade e dignidade humana, principalmente nos tempos de intolerância que estamos vivendo. Enquanto uma instituição de 91 anos, devemos lembrar sempre desses valores”, afirma o diretor.
Qual a importância da Conferência Jaime Wright?
A importância da Conferência Jaime Wright vai além da nossa instituição, abrangendo, também toda a sociedade brasileira por se tratar da promoção da paz e preservação dos direitos humanos. Com o tema desse ano, “Os 30 anos da Constituição Cidadã de 1988”, se faz necessário lembrar que as pessoas possuem direitos e isso deve ser garantido para que haja a dignidade humana. A Conferência faz homenagem ao Reverendo Jaime Wright, que foi um defensor desses direitos através do processo democrático, o que é perpetuado dentro da Fundação Dois de Julho, que tem como filosofia o respeito à pessoa e a defesa da democracia, proibindo qualquer forma de preconceito, defendendo a liberdade e dignidade humana, principalmente nos tempos de intolerância que estamos vivendo. Enquanto instituição de 91 anos, devemos lembrar sempre desses valores.
O que o sr. destaca na trajetória do reverendo Jaime Wright?
A figura do reverendo é significativa como defensor dos direitos humanos,pois ele, como pastor e educador, era um homem sensível e democrático. Vale ressaltar um momento crítico em sua vida, que foi o desaparecimento do seu irmão, Paulo Wright, na época da ditadura militar no Brasil, sendo um marco decisivo para que ele passasse a procurá-lo e relatar criticamente o abuso de poder dos oficiais, destacando sua coragem singular para registrar procedimentos de tortura e os locais onde aconteciam, criando uma documentação, fazendo com que a ditadura deixasse de ser um “lugar sem endereço”. Junto com Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal-arcebispo em São Paulo, defendeu a democracia, o que nos faz hoje enaltecer sua memória e coragem de enfrentar as lutas, preservando dados de um momento sombrio do nosso país.
Qual a sua visão pessoal sobre a Conferência?
A minha visão pessoal é semelhante à filosofia da Fundação Dois de Julho e ao meu papel como diretor geral que é o de reforçar a realização da conferência para fomentar o respeito à diversidade, à pessoa e à democracia. Como uma instituição cristã, nossos valores passam por isso, sendo que esse evento reafirma uma posição que a Fundação Dois de Julho nunca fugiu, que é a liberdade,diversidade e diálogo.Convido, portanto, todos os estudantes, professores, funcionários e todos os defensores dos princípios que destacamos para participar das palestras e oficinas que vão debater questões significativas para nossa sociedade.
Confira a programação completa da 14ª Conferência Jaime Wright de Promotores da Paz e dos Direitos Humanos clicando aqui.
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